QUANDO O MEDO VIER

Quando o medo vier...

Altiva o olhar, num sereno face-a-face

Mantém o porte, recusando vassalagem

Que se neguem teus braços a um qualquer enlace

Deixa que se vá, cedendo-lhe a passagem...

Quando o medo vier...

Que não espere de ti suprema rendição

Nem o fortaleças dando-lhe protagonismo

Que não te absorva a sua escuridão

Nem tombes nas sombras do seu abismo.

Não chores sobre as trevas dos seus escombros

Sacode a cinza pesada dos ombros

Faz-te guerreira, empunhando a espada.

 

Fere-o de morte com investidas de glória

resplandecente de luz, gritarás vitória

E do medo restará, apenas nada.