Tenho asas de luz, corpo de barro
Lembranças fugidias de outras eras
Sonhos, fantasias, quimeras
Um braço de rio, no qual me agarro
Nas entranhas habitam-me as feras
Onde bebem da fonte cristalina
Lambem minhas pernas de bailarina
Que dançam a música das esferas
No meu peito a brisa sopra suave
Leva o doce perfume de jasmim
Para dimensões muito além de mim
Uma viagem eterna, sem fim
Guiada pelo amor de um querubim
E a vida segue hoje nesta nave.