Minha saudade
Minha saudade.
Saudades mineiramente carrego em dois embornais
Feitos por minha irmã, das pernas de minha calça.
Saudade dentro das calças que usei no saudoso SENAI
Feitos do mais puro brim caqui lá da loja do Sr. Sampaio
Saudade eu sinto agora daqueles tempos de Itabira
Quando em criança pelas ruas esnobava energia
Naquele Campestre, nos campos com a turma a nada temia
Quando a bola rolava meu nome era o primeiro
Quanto mais tempo passa as lembranças aparecem
É como se fosse um exercito saindo das trincheiras
Suas armas, apontadas para meu coração não me entristecem
Quando a noite com seu manto vêm visitar nestes dias
A saudade que me leva para os meus tempos de Itabira
São heranças de um tempo que nossas vidas eram menos vazias.
Em sintonia com as saudades do cronista recantista Claudionor Pinheiro
Com sua crônica: (157) No meu tempo, também era melhor.
Homenagem feita pelo amigo poeta cronista do Recandto: Claudionor Pinheiro interagindo belamente com minhas saudades.
159 – Ao Poeta Toninhobira...
No coração, o bairro, a cidade
Menino de tenra idade
A busca de nova escola
Pelo mundo afora ele leva
No embornal da saudade.
Carrega todos seus amores
Suas dores e clamores
A beleza da juventude
A inquietação e tudo mais
No embornal da saudade.
Os desafios ele leva
Chegar, ver e vencer
Saudade de irmãos e pais
Carrega todos seus áis
No embornal da saudade.
Mente aberta para a luta
De raça, credo e cor
Foi para Universidade
Fé, força e garra ele leva
No embornal da saudade.
Vencida sua dor maior
Poemas, trovas de amor ele faz
Canta da vida ganhos e perdas
Suas conquistas ele leva e traz
No cáqui... Embornal da saudade.
24/04/2010.
ITABIRA-MG.