LUSCO-FUSCO
As horas precisam que o sol se acovarde
pulando o horizonte por cima do muro
e o faça sem teimas e sem mais alarde,
pra vinda da noite vestida de escuro.
Quem sabe, mulher, que seu vulto não tarde,
pois desde essa tarde o seu vulto procuro
temente que a noite o seu vulto retarde,
retarde-lhe a volta que tanto eu auguro!
O sol, serenado, se vai de mansinho,
deixando no ocaso o seu último beijo,
enquanto nas sombras silente caminho.
Adentro na noite o nutante desejo,
senões de saudade sentindo sozinho,
vadeio o vazio e seu vulto não vejo...
Odir, de passagem
As horas precisam que o sol se acovarde
pulando o horizonte por cima do muro
e o faça sem teimas e sem mais alarde,
pra vinda da noite vestida de escuro.
Quem sabe, mulher, que seu vulto não tarde,
pois desde essa tarde o seu vulto procuro
temente que a noite o seu vulto retarde,
retarde-lhe a volta que tanto eu auguro!
O sol, serenado, se vai de mansinho,
deixando no ocaso o seu último beijo,
enquanto nas sombras silente caminho.
Adentro na noite o nutante desejo,
senões de saudade sentindo sozinho,
vadeio o vazio e seu vulto não vejo...
Odir, de passagem