SONETO DERRADEIRO
E não irei mais compor outros sonetos
Já se foi o tempo que me encantavam
Que me faziam sentir como borboleta
Pois de verso em verso me cativavam
Livro-me da lírica, da métrica e da rima
Quando eu navegar nos mares da ilusão
Alçarei vôo para poder ver tudo de cima
E esquecer sonhos, poesias e perfeição
Não quero mais escrever soneto algum
Detonarei todos os meus sentimentos
Já estava chegando a um lugar comum
Não vou dizer: desta água não beberei
Ainda posso sofrer talvez, uma recaída
Quem sabe eu reformule o que ora falei