HEROÍNA
Na senda estreita da curta vida
Os pés cansados resvalam o chão
A dor no peito é maior que a ferida
Que soçobra a alma e o coração.
No silêncio do fim da lida
E não sabendo qual a razão
Desmotivada e exaurida
Nos olhos dela sem expressão.
A fome cega sua partida
Não lhe restando nem condição
Ela sabe que chegou seu dia.
Olha pro céu e sem direção
Cai por terra estendida
Em solo pátrio de sua nação.