PRENDA-ME
És da delicadeza o supra-sumo,
Da brisa perfumada és o perfume,
De todas as belezas és resumo,
De todos os encantos és o lume.
Diante disso tudo me acostumo,
E tento nem ouvir o teu queixume,
O amor é meu produto de consumo,
Amar-te, sobretudo por ciúme.
De todos teus melhores predicados,
Tem um que te consagra a mais sublime,
De todas as mulheres que eu conheço.
Então se um dia ouvir-me em altos brados,
Privando-te à humildade, será crime,
Prenda-me... A não ser que não mereço!