o fim
Metáfora, antítese e eufemismo
Paradoxal e monótona sinestesia
Aquele jovem, diante da morte, sorria
Pendurado no alto de um abismo
Era a mim mesmo que eu via
Minha face deformada de cinismo
Eu observava aquele cataclismo
A separação do meu corpo que dormia
Meu espirito, enfim liberto
daquele cadaver de peito aberto
dilacerado pela explosão
Eu que nunca acreditei no incerto
Inferno, paraiso, ou reencarnação
Deixava a vida, com a queda de um avião