o fim

Metáfora, antítese e eufemismo

Paradoxal e monótona sinestesia

Aquele jovem, diante da morte, sorria

Pendurado no alto de um abismo

Era a mim mesmo que eu via

Minha face deformada de cinismo

Eu observava aquele cataclismo

A separação do meu corpo que dormia

Meu espirito, enfim liberto

daquele cadaver de peito aberto

dilacerado pela explosão

Eu que nunca acreditei no incerto

Inferno, paraiso, ou reencarnação

Deixava a vida, com a queda de um avião

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 18/04/2010
Código do texto: T2203821
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