De tantas súplicas nordestinas
De tão árida a terra rangia
Solo por sulcos fissurado
Cordel chorava em poesia
Semente sem fruto gerado
Vacas de tetas exauridas
Cria e criança sem leite
E sem promessas da vida
A fome faz com que aceite
No sertão se faz surpresa
Que de água só vira lágrima
Da água agora se faz presa
natureza oferece sem súplica
o que tanto o retirante suplicava
o mundo seco em água desabava