De tantas súplicas nordestinas

De tão árida a terra rangia

Solo por sulcos fissurado

Cordel chorava em poesia

Semente sem fruto gerado

Vacas de tetas exauridas

Cria e criança sem leite

E sem promessas da vida

A fome faz com que aceite

No sertão se faz surpresa

Que de água só vira lágrima

Da água agora se faz presa

natureza oferece sem súplica

o que tanto o retirante suplicava

o mundo seco em água desabava

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 16/04/2010
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