Silencioso Amante
Esse amor que me escapa a dimensão
Sem controle, domina-me os sentidos
Este sentimento, que obscurece-me a razão
Como tua voz, ensurdece-me os ouvidos
Eu que sempre desejei o arrebatamento
A embriaguez! Sempre quis perder o chão
Eu que ansiei por este singular momento
Em que me dispara ferozmente o coração
Mulher! assusta-me teu jeito de me olhar
E tua voz, que se cala, no exato instante
Em que busco coragem para te falar
Que não há, neste mundo, um amante
Que de alguma forma consiga igualar
O que sinto ao contemplar tua figura hesitante
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De tão ébrio que agora estou escrevi este soneto.
Não há força q me faça neste mundo, mostra-lo à srta que o inspirou
Por mais que a deseje, por mais que acredite que ela tem tudo o que eu busco numa mulher, acredito que seus olhos nunca hão de ler estes versos.
Rômulo