ARTE PROTEGIDA

Na penumbra insólita de um verão brando

Abeberado em livros rebuscados, concentrado

Ele escreveu, teceu, convenceu, cometeu

A poética frenética apareceu, traçada.

Como na renascença, arte gótica alaborou

Poesia bem profunda, quem conheceu enamorou

Em Milão ou Florença, Itapipoca ou Icó

Poesia é poesia quem não conhece tenha dó.

Nas profudezas da realeza, mecenas protetores

Arte protegida, arte difundida, poesia assistida

Não ficou perdida, conseguiu ser difundida.

A arte não se perde, nem se enterra

Aprecia-se, alimenta-se, aplude-se, envolve-se,

Não se mata, então guarde seu revólver.

Eugenio Regis
Enviado por Eugenio Regis em 14/04/2010
Reeditado em 24/04/2010
Código do texto: T2197594