DONZELA
A tarde se vai lamentosa
Enquanto o vento tremula
A lua dantesca e gloriosa
Que o mar agita e estimula.
E lá da pequena janela
A moça serena e risonha
Com cheiro de cravo e canela
Se furta de um beijo vitoriosa.
No olhar puro daquela donzela
Que carregava nas mãos uma rosa
O moço de pronto a retém em sua lapela.
Era sem dúvida a moça mais formosa
Ele a levaria no altar da capela
E com honras a tornaria sua esposa.