A DOR, A SOLIDÃO E O TEMPO!
Quisera eu poder me libertar
Dos laços que inda prendem-me a ti.
Varrer da memória o quanto sofri
Em outros braços, querer me abrigar.
Pudera o pensamento exortar
Em mim, todos os sonhos que vivi.
E, das lembranças, tudo que senti,
Calma e consciente, expulsar.
Os sentimentos vêm e vão - um dia...
Não há como curar a desvalia
Da solidão que chega e nos abraça.
Quisera mover a roda do tempo
Depressa, sem voltas e contratempo,
P’ra ver se a dor, um dia, também passa!