soneto de verão
procurar na manhã
as sombras as zonas
onde a claridade não derrete
os metais da festa
essa ternura armada
espinhos e lágrimas
ângulos e arestas
onde a luz desagua
procurar nas vozes
das árvores e das aves o veludo
onde a força repousa
latente mas acordada
e caminhar com ela amante e amado
fazer o poeta ser a poesia