Homem do crucifixo
A verdade exposta sem capuz,
Deixou-nos o exemplo, Jesus,
Ali, escancarada sem enleios,
Sangue santo, jorrou dos veios!
Dor humana que o divino traduz
Em amor puro, e a poucos seduz,
Ali, vejo seus ignorados anseios,
Sangue santo, saiu-lhe dos seios!
Ali, naquela parede, meu olhar fixo,
Na imagem para tantos insignificante,
Uma representação da miséria morta!
Ali, na parede, o homem do crucifixo,
Numa viagem me levou por instante,
Ao Veleiro Amor que o bravo mar corta!
A verdade exposta sem capuz,
Deixou-nos o exemplo, Jesus,
Ali, escancarada sem enleios,
Sangue santo, jorrou dos veios!
Dor humana que o divino traduz
Em amor puro, e a poucos seduz,
Ali, vejo seus ignorados anseios,
Sangue santo, saiu-lhe dos seios!
Ali, naquela parede, meu olhar fixo,
Na imagem para tantos insignificante,
Uma representação da miséria morta!
Ali, na parede, o homem do crucifixo,
Numa viagem me levou por instante,
Ao Veleiro Amor que o bravo mar corta!