Rastros e sinais
 
Dos meus amores só ficaram rastros,

alguns sinais deixados de outras eras,
de mil desejos (sonhos  e quimeras),
perdidos muito além, por entre os astros;
 
e nada, enfim, restou dos vãos encantos,
desfeitos como bolhas, entre brumas,
nos ares se explodiram como espumas,
rolaram pela face em fartos prantos;
 
sinais deixados, sempre tão garridos,
por meus amores, todos bem vividos,
que agora canto aqui, nestes meus versos.
 
Porém os teus sinais, os mais diversos,
na minha tez e dentro em mim imersos,
afloram nos meus versos mais sentidos.
 
Brasília, 14 de Abril de 2010
Livro: SONETOS DIVERSOS, pg. 54
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 11/04/2010
Reeditado em 20/08/2020
Código do texto: T2190763
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