soneto panfletario
fecundar o silencio
com versos flores carícias brisa
sonhos que se enraizam
medos que se desatam
falar sem espinhos e sem arestas
a curvatura das coisas e o macio
das idéias ouvir o corpo e a alma
diálogos que se entrelaçam
poesias pousando e partindo
pétalas aonde fores aonde frases
povoam a pele e as casas
este silencio assim fecundo
e para sempre alterado primaveras e passaros
habitam lado-a-lado amigos e amantes