VERMUTE DA CRUELDADE

Flor de boa noite enfeita teu rosto

onde o operário do silêncio

erguendo o prometido equinócio

erra ao não compreender teu desgosto

a razão tira do mundo todo sentido

quando pensa antecipa ação e o medo

tonalidades da dor que há nos dedos

não sentindo a cor do real percebido

por achar tudo posso desloco o homem

viro bicho matando o animal que em

mim simula ser puro belo ideal

o castigo pela falta de cortesia

viver sem ter limites é fantasia

tanto crime começa com algo banal.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 10/04/2010
Código do texto: T2188904
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