VERMUTE DA CRUELDADE
Flor de boa noite enfeita teu rosto
onde o operário do silêncio
erguendo o prometido equinócio
erra ao não compreender teu desgosto
a razão tira do mundo todo sentido
quando pensa antecipa ação e o medo
tonalidades da dor que há nos dedos
não sentindo a cor do real percebido
por achar tudo posso desloco o homem
viro bicho matando o animal que em
mim simula ser puro belo ideal
o castigo pela falta de cortesia
viver sem ter limites é fantasia
tanto crime começa com algo banal.