O nutrir do tempo

O ruir das mandíbulas do tempo,

me fazem ter um novo olhar para dentro.

Ver o tempo que foi perdido ao relento,

perceber que o que vale a pena já foi feito.

Compreendo que o que se leva da vida,

é o que realmente temos que levar.

Somos seres completos querendo algo completar,

numa interminável forma de procurar.

E sem que percebamos, tudo está por perto!

E fazemos com que o errado pareça certo,

como crianças mimadas só sabemos falar, " eu quero "!

E o tempo que nos mastiga, nos joga em suas entranhas.

O mesmo tempo que nunca mente, nunca nos engana.

Faço o meu presente, mas aprendi que é esse tempo que me comanda.

Abraços poéticos a todos que aqui vieram...sigam em paz...

Fernando Vieira de Camargo