SONETO - DAS PEQUENAS VIAGENS POR UM GRANDE MAR
O observador descura de ver o objeto de seu olhar,
Vê com a certeza que cultiva,
E assim, trata a todo o fruto, igual ao que cativa,
Na horta do seu pensar.
Na floresta da sua imaginação, dissemina a decisiva
Ação com que traça a linha do seu destino sem lugar,
E na inteireza de suas certezas é erva promissiva
Cujo perfume, nunca há que proliferar,
Seus olhos pequenos permanecem na assertiva
De quem olha sem olhar, e vê apenas o que contestar!
Naufrago em seu próprio mar; eis o marujo sem diretiva,
Observador do externo, carente de se enxergar,
De soberba divulga seu pesar... Por quem cativa,
Amores e flores colhidos na horta de outro pensar!
O observador descura de ver o objeto de seu olhar,
Vê com a certeza que cultiva,
E assim, trata a todo o fruto, igual ao que cativa,
Na horta do seu pensar.
Na floresta da sua imaginação, dissemina a decisiva
Ação com que traça a linha do seu destino sem lugar,
E na inteireza de suas certezas é erva promissiva
Cujo perfume, nunca há que proliferar,
Seus olhos pequenos permanecem na assertiva
De quem olha sem olhar, e vê apenas o que contestar!
Naufrago em seu próprio mar; eis o marujo sem diretiva,
Observador do externo, carente de se enxergar,
De soberba divulga seu pesar... Por quem cativa,
Amores e flores colhidos na horta de outro pensar!