ESCRAVO DA POESIA
Acordo, de madrugada molhado,
coberto de suor, em plena luta,
travada nos sonhos, pela disputa,
do teu corpo, senhor do meu pecado.
Eu na minha fábula sou aclamado,
como alguém de indisfarçável conduta.
E que salva a princesa, a qual reluta,
entre mim, plebeu, e o príncipe encantado.
Contudo, sou só um despido poeta,
escravo em minha própria poesia,
a qual, ainda encontra-se incompleta.
Preciso antes compor a fantasia,
para minha derradeira "vinheta".
Então, salvá-la-ei com ousadia.
Marco Orsi