A VOZ DA DOR
Venho da lida dos campos da dor
a sorte, espiã de insano pranto,
rasga o peito, como o aliciador
devora o amor e o seu encanto.
Guardei a fé, tal qual, o confessor
perdoa os pecados, mas no entanto,
expurga da sacristia o pecador
embalando-o febril em seu manto.
A madona no altar eu contemplo
e no silencio escuro do templo,
A minha alma brinca de estrela.
Cânticos em palavras supremas
arranca da turba fiel as algemas
Livra dessa serva toda a mazela.