A PROCURA

(Soneto resgatado de 1974)

Porque inflama neste meu peito amigo

O fogo ardente de um rancor tão puro.

Porque lembrar de ti amor procuro

E em vão para encontra-lo não consigo!

Será que para a solidão eu sigo?

Pois tudo o que eu vejo esta tão escuro

E em minha volta só encontro um muro

De ódio que é o meu pior inimigo.

Para lutar em vão contra o meu rancor

Nunca conseguirei mesmo que eu tente

Pois o ódio profundo ficou em mi’a mente

E eu nem sei o que farei desta dor

Se ela me perturba a todo minuto

Quando para encontrar, o amor, eu luto...