Contentemo-nos...
A cada dia espero alguma coisa nova;
Um algo mais que amplie o meu vago horizonte,
Quem sabe até, não sei, um olhar que comova,
Ou talvez um sermão que nunca desaponte...
A culpa toda – se há aqui alguém para culpar –
É de um anjo infeliz que insiste em perseguir
Meus dias de poeta sem nome ou lugar,
Embrião de escritor que nunca vai existir...
Não haverá nada, além de nada no final;
Nem sinfonias de anjos, nem canções de amor;
Os serafins não irão fazer um carnaval
De tudo que, entre nós, somente causa dor...
“Contentemo-nos um com o outro” sem temor,
E esqueçamos, então, os outros, afinal...
A cada dia espero alguma coisa nova;
Um algo mais que amplie o meu vago horizonte,
Quem sabe até, não sei, um olhar que comova,
Ou talvez um sermão que nunca desaponte...
A culpa toda – se há aqui alguém para culpar –
É de um anjo infeliz que insiste em perseguir
Meus dias de poeta sem nome ou lugar,
Embrião de escritor que nunca vai existir...
Não haverá nada, além de nada no final;
Nem sinfonias de anjos, nem canções de amor;
Os serafins não irão fazer um carnaval
De tudo que, entre nós, somente causa dor...
“Contentemo-nos um com o outro” sem temor,
E esqueçamos, então, os outros, afinal...