SONETO DA FALSA FELICIDADE
Olho do alto da escada minha vida
de cara metade o confessionário
maior parte do tempo solitário
buscando uma verdade esclarecida
trabalho pra enganar o tempo pra comida
mente sem estimulo no final do dia
corpo tão cansado como anestesia
contas pra pagar a liberdade permitida
envelhecer na inconsciência do tempo
assustado pelos fantasmas da memória
algum amor na conversa preferida
degraus do sonho paisagem de subida
sublevado olhar e profundo a alegria
sementes nuas que no coração acampo.