O lobo

Em sonhos de devaneio me vejo como um animal,

correndo a noite escura sem ser bom ou sem ser mal,

para rochedo ao longe segue a veloz criatura,

esperando enxergar tua face em meio a lua.

Já no culme do rochedo, contempla o prata luar,

vendo a face da amada e a tristeza em teu olhar,

a força da criatura neste instânte é em vão,

vencido pela distância, uiva e chora de paixão.

Ao longe a matilha o aguarda respeitando sua dor,

pois venceu tantas batalhas e sucumbiu ao amor,

a sonhada liberdate trouxe consigo o terror.

Mas me diga o que é o amor se não o próprio sofrer,

novamente a criatura volta veloz a correr,

esperando que um dia a lua me traga você.

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Armand
Enviado por Armand em 06/04/2010
Reeditado em 22/04/2010
Código do texto: T2181380