O lobo
Em sonhos de devaneio me vejo como um animal,
correndo a noite escura sem ser bom ou sem ser mal,
para rochedo ao longe segue a veloz criatura,
esperando enxergar tua face em meio a lua.
Já no culme do rochedo, contempla o prata luar,
vendo a face da amada e a tristeza em teu olhar,
a força da criatura neste instânte é em vão,
vencido pela distância, uiva e chora de paixão.
Ao longe a matilha o aguarda respeitando sua dor,
pois venceu tantas batalhas e sucumbiu ao amor,
a sonhada liberdate trouxe consigo o terror.
Mas me diga o que é o amor se não o próprio sofrer,
novamente a criatura volta veloz a correr,
esperando que um dia a lua me traga você.
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