Palavras ao Vento
Palavras ao Vento
A porta se abriu com estranho ruído
Busquei teu vulto na soleira
Mas era a saudade sorrateira
Que adentrava com alarido
No peito a dor do pranto contido
Nos olhos a derrota zombeteira
Petrificando a face sempre altaneira
Refletindo a glória d’um mundo perdido
Como uma odisseia de sentimento
Tuas palavras levou o vento
Num ritmo solene sem emoção...
Beirando a loucura brota o grito
Lançando fagulhas ao infinito
Num brado incoerente da paixão
Norma Bárbara