SONETO DO POETA INSANO
Escrevo não só o que sinto
Como também tudo o que vejo;
Aprecio o doce absinto
Que alimento o meu desejo.
Reforço o meu instinto
Em busca do teu beijo,
Que é doce – eu não minto –
E é só ao que almejo.
Não tenho tudo o que quero
E nem por isso me desespero,
Pois sei que “tudo” é impossível.
Mas o que tenho me parece TUDO,
O bastante para me achar sortudo:
Tenho, em mente, tua imagem visível.