Minha Musa
Não me perguntes quem é a minha musa,
ou lembrando de quem versos componho,
porque tudo que a memória guarda e usa
não é mais, muitas vezes, que um sonho.
Não existe apenas uma, nem são tantas,
mas elas se multiplicam nos meus versos,
como a erva daninha em meio às plantas
ou como a falta de amor entre perversos.
Vê que a minha grande musa não existe
e em cada rima que faço, alegre ou triste,
contando coisas que alcançam o coração,
busco aquelas que marcaram minha vida,
aquelas a quem já chamei minha querida,
e as que ainda hoje vivem na imaginação.