PORTA PEITORAL
PORTA PEITORAL
Degusto a minha história juvenil
Em doces pensamentos do passado.
Vejo nela o que nunca ninguém viu
E cresço dia a dia bem me amado.
Porém, odeio as tardes inseguras,
Quando em meu peito avisto o meu menino
Pintando em seus desenhos amarguras
De amanhãs que trouxera o meu destino.
E o vejo belo, sóbrio, mal amado...
Abre a porta de meu peito cansado,
Pinta as minhas retinas e calado
Arromba o meu olhar para o futuro...
Faz-me chorar um choro mal chorado;
Volta ao meu peito e tranca-se no escuro.