Fuga
Fuga
É noite. Aquela angústia novamente
Invade meu corpo; toma minh'alma
Explode meus nervos; quebra-me a calma
Deixando-me tão cansada e doente!
Os tons noturnos são tristes, dolentes
Caem sobre mim recordações de um trauma
E qual quem negros relevos espalma
Busco a razão desesperadamente.
E assim vou passando horas aflita
A olhar o olho que a tudo fita:
O mistério agora não é mistério!
O sol rompe a escuridão com brandura
E mais uma vez eu escapo à Loucura:
A reveladora do que é etéreo.
Fabi borges ( 02/04/2002)