CONDENADO A DESERDAR
CONDENADO A DESERDAR
Eu sou covarde como a Asa branca
Que com medo da seca, escafedeu
Eu sou planta, que planta e se arranca
Ninguém se mudou mais do que Eu
Quem sabe no amanhecer de outra vida
Outra chance de não mais mudar
Quem sabe não seja Eu, um suicida
Ou um condenado a deserdar
Amigo, não dá mais pra voltar
Eu cansei de caminhar
Sou mendigo em terra de rei
Morando assim tão longe
Confinado como um monge
Vivo como um cururu teitei
Fifi, Planaltina, 02 04 2010