**MEU CANTO

Das muitas linhas que escrevo

Nem sempre sou minhas poesias

E os sentimentos que descrevo

Às vezes, são só utopias!

Empresto dores, desejos, enfim

Em todos os versos que faço

Mas se eu fosse tudo isto,

Meu Deus!O que seria de mim?

Por isto, como diria *Cecília, "eu canto

Porque o instante existe, e a canção é tudo

Tem sangue eterno e asa ritmada"

Em minhas linhas, canto o riso e choro meu pranto

Pois sei que um dia, meu canto se fará mudo

E de mim, sobrará o riso, e mais nada!

Helena Grecco

08.12.2009

**Texto reeditado. Retirei um texto que havia postado, intitulado, a Barca de Caronte, por respeito a alguns leitores, que sentiram-se entristecidos por ele. Muito embora saiba que o texto tenha atingido o seu objetivo, pois a poesia nem sempre fala da alegria, não quero ver ninguém triste nestes dias que antecedem a Páscoa, muito menos nos demais. E posto este então, inspirado na poesia MOTIVO, de Cecilia Meireles. Feliz Páscoa a todos!