Um grito de saudade
UM GRITO DE SAUDADE
Por tudo que me foste em verdade,
Guardei-as, no meu peito, triste.
E quando me vêm à saudade
Ai, que o seu amor não existe!...
Por tudo que me foste em lealdade
Dentro do meu peito persiste
As lágrimas de sangue e maldade
Deste amor que em mim resiste.
Falo-lhe da paixão que me deste,
De quando em vaidade a fizeste
Ser uma saudade plena e infinita.
Mas de fato que eu a amava tanto
É que hoje eu espalho o meu pranto
Sob a voz que a minha alma grita!
(Poeta Dolandmay)