Soneto das Coisas Impossíveis
Veio-me o cordeiro cevar
No aparte das cabras
Não pôde levar
Livrou-se das brabas.
No conto da inquietude
Lançou ao mar as lavas
Quietinho, de modo rude
Desligou-se a comer as favas.
Não quis conter o regateiro
Nem carnaval, era mês de Janeiro
Vesti a máscara do soneto sucedido
E pilotei o jato, resquício cozido.
O cupim jantou o polvilho e a foca-baleia
A tocar o trompete na manhã de lua cheia.