Soneto das Coisas Impossíveis

Veio-me o cordeiro cevar

No aparte das cabras

Não pôde levar

Livrou-se das brabas.

No conto da inquietude

Lançou ao mar as lavas

Quietinho, de modo rude

Desligou-se a comer as favas.

Não quis conter o regateiro

Nem carnaval, era mês de Janeiro

Vesti a máscara do soneto sucedido

E pilotei o jato, resquício cozido.

O cupim jantou o polvilho e a foca-baleia

A tocar o trompete na manhã de lua cheia.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/08/2006
Código do texto: T217182
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