A MORTE DO PALHAÇO
Aquele que animava a platéia,
Que de fazer sorrir sobrevivia,
Caiu no picadeiro em agonia
Com uma dor que não se tem idéia...
Sua vida tinha sido uma odisséia
De mago, fazedor de alegria;
Até de seus reveses ele ria...
Agora, o riso preso na traquéia.
Não tinha um coração feito de aço,
Era somente um pobre palhaço,
Que atrás de uma ilusão se escondia...
Num último suspiro, grita bem forte:
“Não quero que chorem a minha morte;
Morra o palhaço, mas viva a alegria!”