A MORTE DO PALHAÇO

Aquele que animava a platéia,

Que de fazer sorrir sobrevivia,

Caiu no picadeiro em agonia

Com uma dor que não se tem idéia...

Sua vida tinha sido uma odisséia

De mago, fazedor de alegria;

Até de seus reveses ele ria...

Agora, o riso preso na traquéia.

Não tinha um coração feito de aço,

Era somente um pobre palhaço,

Que atrás de uma ilusão se escondia...

Num último suspiro, grita bem forte:

“Não quero que chorem a minha morte;

Morra o palhaço, mas viva a alegria!”

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 01/04/2010
Reeditado em 05/04/2010
Código do texto: T2171569
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