Canto de sofrimento e morte de um rio...
Entre os esgotos sujos, podres, sem cuidado,
O rio se lança cego em busca de oxigênio,
Louco andarilho a respirar puro hidrogênio,
Como um doente, pouco a pouco, envenenado...
Entre os odores da cidade o rio exala
Fétidos cheiros da sua morte prematura,
Frágil presença que revela a impostura
De quem devia ajudá-lo e, enfim, se cala...
As velhas pedras testemunham o martírio
Do santo rio que agora implora por ajuda;
Entre barragens, pontes velhas sem ninguém,
O pescador, que sofre mais, também se muda,
O rio se arrasta rumo ao mar, como um refém,
Enquanto sonhos se transformam em delírio...
Entre os esgotos sujos, podres, sem cuidado,
O rio se lança cego em busca de oxigênio,
Louco andarilho a respirar puro hidrogênio,
Como um doente, pouco a pouco, envenenado...
Entre os odores da cidade o rio exala
Fétidos cheiros da sua morte prematura,
Frágil presença que revela a impostura
De quem devia ajudá-lo e, enfim, se cala...
As velhas pedras testemunham o martírio
Do santo rio que agora implora por ajuda;
Entre barragens, pontes velhas sem ninguém,
O pescador, que sofre mais, também se muda,
O rio se arrasta rumo ao mar, como um refém,
Enquanto sonhos se transformam em delírio...