Estrela cadente!
 
Eu sou estrela que caiu do céu escuro
Da noite triste, sem luar e sem fulgores,
Sem perfumes, sem beleza, sem fragores,
E nesta terra, entre espinhos, me procuro!
 
Eu sou estrela que no mar soçobra só,
E que nas praias, se arrebenta, entre espumas,
Sem ter devir, sem ter lume, tais quais as brumas,
E meu destino é morrer, tornar-me pó!
 
E sem sonhar, minh’alma triste já naufraga,
Levando em si profunda dor, extensa chaga,
Entregue à sorte, sem ter medo, rumo ou norte!
 
Cadente estrela sou, no céu, no mar, na vaga...
Que entre espaços tão incertos, só, pervaga!
E só prossigo meu caminho, minha saga...
 
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 31/03/2010
Reeditado em 31/03/2010
Código do texto: T2169028
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