O QUE SERIA DO POETA...
O que seria do homem, se não mais poeta,
A poesia não lhe percorresse o sangue?
O que seria do homem, se não mais poeta,
O coração não sentisse a paixão dos versos?
O que seria do homem, se não mais poeta,
As pedras não lhe servissem de alicerce?
O que seria do homem, se não mais poeta,
Os espinhos impedissem-lhe sentir o perfume?
O que seria do homem, se não mais poeta,
A poesia não lhe impulsionasse a alma,
Acelerando lhe o peito, percorrendo lhe as veias;
Tornar-se ia menor que o menor dos insetos,
Despencaria no vazio... Sem sonhos e anseios,
Uma triste aranha, deprimida, sem tecer suas teias.