O QUE SERIA DO POETA...

O que seria do homem, se não mais poeta,

A poesia não lhe percorresse o sangue?

O que seria do homem, se não mais poeta,

O coração não sentisse a paixão dos versos?

O que seria do homem, se não mais poeta,

As pedras não lhe servissem de alicerce?

O que seria do homem, se não mais poeta,

Os espinhos impedissem-lhe sentir o perfume?

O que seria do homem, se não mais poeta,

A poesia não lhe impulsionasse a alma,

Acelerando lhe o peito, percorrendo lhe as veias;

Tornar-se ia menor que o menor dos insetos,

Despencaria no vazio... Sem sonhos e anseios,

Uma triste aranha, deprimida, sem tecer suas teias.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 30/03/2010
Código do texto: T2168470
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