COVARDIA
Se quiseres me chamar
De covarde eu aceito,
Pois nem mesmo sei direito
Porque tanto hesitar.
Já que digo te adorar,
Por que tanto te rejeito?
Não é excesso de respeito
Nem medo de te amar!...
Por que será, então,
Que este meu coração
Não toma logo um partido?
Não sei, vida minha!...
Sei apenas que me definha
Ser um covarde assumido.