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Dor da Traição

 

Tal qual madeira que racha soltando lascas;

É a paixão se cega, vindo ao abandono notar

Diferença apenas; uma solta e outra atracam,

Na certeza e confiante ao sentimento acertar.

 

O amor e seu segredo o domínio não sabemos

Indomável torna o ser quando se sente traído

Dor sabida dentre todas as pior que percebemos

Por cinco moedas num beijo, Cristo fora vendido!

 

 Dor da traição tal amargura muito expressado;

Sofrem ambos os sexos nada tem a disfarçar,

A saber, é o último, já sentindo um condenado.

 

Condenação impiedosa ao justo por um pecador;

Que por isto juiz ao céu ele nunca vai entrar;

Saber que da traição nunca vai acalmar a dor.

 

Barrinha, 27 de março de 2010 – 14; 15

 

 antonioisraelbruno@gmail.com

antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 28/03/2010
Reeditado em 01/04/2010
Código do texto: T2163446
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