AGONIA DO AMOR...
Arão, Arão! trôpego foge mais um verão
De cálidas manhãs e noites insípidas
De estrelas frias a brilhar no céu em vão
De luas tortas, tolas, de beleza pífia
De ventos uivantes a vaiar os ouvidos
De brisas mansas a tocar a sórdida solidão
De sóis distantes a guiar sonhos perdidos
De arco-íris pálidos no horizonte pagão
Andorinhas impávidas abandonam ninhos
E as folhas plácidas voam em revoada
Rosas flácidas debruçam sobre frio chão
Sonhos sôfregos se enterram sozinhos
A esperança irônica voa em gargalhada
Como a rosa, desejos frios, agonizam ao chão...
Benvinda Palma