Centésimo soneto

Silencio... não há nada o que dizer

Faltam me palavras, falta-me talento

E tudo o que eu tenho neste momento

É muita angustia ainda por sofrer

Aqui, só se escuta o zunir do vento

De onde vi tantas vezes o sol nascer

julguei um bom lugar para morrer

pois ninguém testemunhará o meu tormento

Neste monte, em que enterrarei em breve

Não o poeta, não o homem que vos escreve

Mas um jovem eternamente amargurado

Este mancebo que por muito absteve

De se ver novamente apaixonado

Deve por fim, ser assassinado

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 27/03/2010
Reeditado em 27/03/2010
Código do texto: T2162368
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