Aurora boreal
 
No céu de teu olhar mergulho fundo,
e nele encontro tudo que eu desejo,
amor tão raro, nobre e assim sem pejo,
um horizonte novo, um outro mundo...
 
Aveludado olhar que me enternece,
e tange minha pele e a minha lira...
Olhar que é só candura - doce prece -
poema que não fiz e em mim suspira...
 
Olhar demais profundo, abismal,
mais vasto do que o espaço sideral,
que me fascina e sempre me desvela.
 
Que freme mais que a chama de uma vela,
e tanta paz e luz, em si, revela,
mais belo do que a aurora boreal...
 
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/03/2010
Reeditado em 25/07/2020
Código do texto: T2161569
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