Atemporal
Aquela criatura que atura descontente
Nos umbrais do passado a morte queima
Uma luz fria que invade o terror latente
Na alma o que não se acalma ainda teima.
A tristeza do monstro não é aparente
Fingido, danado o mau atrai como um imã
Uma plateia danada sai airada e descrente
Na criatura que sente o ódio que teima.
Albergue de muitos seres do coração
Em algum oásis perdido da torpe ilusão
Na má sorte a morte ditosa e esperada.
Já não bebe da fonte de sangue a megera
Na estranhesa imortal da alma um senão
E uma lacrimosa mulher que o mau espera.
HERR DOKTOR