Esperanças
A porta sempre aberta, a luz mantida acesa,
discreta luz que freme e forma sombras, feixes,
e cá estou tão só, com medo que me deixes,
ou entres sem bater, não tenho mais certeza;
na mesa está o vinho, e toca o tango nosso,
a flor perfuma o ar, na cama está teu cheiro,
e tu podias vir - voltar, também, ligeiro -
quisera te esquecer, mas juro que não posso.
Espero assim por ti, meus sonhos, não sepulto,
se acaso não te vejo, a minha dor oculto,
relembro o terno olhar, teu jeito que amo tanto.
E penso em ti amor, silente rola o pranto,
e sei que vais chegar... Voltar com teu encanto...
Espreito o vão da porta e busco por teu vulto.
Brasília, 25 de Março de 2010.
Sonetos Diversos, pg.72
A porta sempre aberta, a luz mantida acesa,
discreta luz que freme e forma sombras, feixes,
e cá estou tão só, com medo que me deixes,
ou entres sem bater, não tenho mais certeza;
na mesa está o vinho, e toca o tango nosso,
a flor perfuma o ar, na cama está teu cheiro,
e tu podias vir - voltar, também, ligeiro -
quisera te esquecer, mas juro que não posso.
Espero assim por ti, meus sonhos, não sepulto,
se acaso não te vejo, a minha dor oculto,
relembro o terno olhar, teu jeito que amo tanto.
E penso em ti amor, silente rola o pranto,
e sei que vais chegar... Voltar com teu encanto...
Espreito o vão da porta e busco por teu vulto.
Brasília, 25 de Março de 2010.
Sonetos Diversos, pg.72