Esperanças
 
A porta sempre aberta, a luz mantida acesa,

discreta luz que freme e forma sombras, feixes,
e cá estou tão só, com medo que me deixes,
ou entres sem bater, não tenho mais certeza;
 
na mesa está o vinho, e toca o tango nosso,
a flor perfuma o ar, na cama está teu cheiro,
e tu podias vir - voltar, também, ligeiro -
quisera te esquecer, mas juro que não posso.
 
Espero assim por ti, meus sonhos, não sepulto,
se acaso não te vejo, a minha dor oculto,
relembro o terno olhar, teu jeito que amo tanto.
 
E penso em ti amor, silente rola o pranto,
e sei que vais chegar... Voltar com teu encanto...
Espreito o vão da porta e busco por teu vulto.
 
Brasília, 25 de Março de 2010.
 Sonetos Diversos, pg.72
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 25/03/2010
Reeditado em 21/08/2020
Código do texto: T2158624
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