Lição de morte
Veio a morte como vento gelado
Buscar-me pela mão para a viagem
Apenas de ida para aquele lado
Sem enjoo, sem rota, sem milhagem
Indagou-me se não estava com medo
E lhe disse que sabia que era hora
Indagou-me se não achava tão cedo
E lhe disse que queria ir, sem demora
Mudou de semblante de repente
Devaneou sobre aquele dever
E sobre minha assertiva indecente
Fizera cara feia de se ver
Rumou, em direção à porta da frente,
E bradou-me: "Vá aprender a viver!"