CEGO ORGULHO

CEGO ORGULHO

Há de instar-se consenso nos miúdos passos

quando amiúde intercalam a paz e a guerra;

há de haver trégua, inda que forçada, na terra,

irmanando etnias no partilhar seu espaço.

Dar-se a Jeová, o Cristo moderno, que encerra

a viável ventura do homem, que une em laços;

que perdoa e medeia êxitos e fracassos

co’o Pai, tempero da paz, que os homens emperram.

O adiamento da harmonia no oriente

na vertigem fanática da guerra santa

veste cegos valores de orgulho e de mal.

Dos arcaicos costumes replanta a semente

colhendo acres frutos dessa insalubre planta

no berço do pilar que estatuiu a moral.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 25/03/2010
Reeditado em 26/03/2010
Código do texto: T2158321
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