Lenço Manchado
Lenço Manchado
Silêncio profano caiu entre nós
Como se fora inédito esse querer
Que deságua numa troca de prazer
Num sentir trazido no vento veloz
Olhos nos olhos, leitura sem voz
O batom troca de boca sem perceber
O lenço manchado não sabe dizer
Se foi antes, durante ou após
Trilha pecaminosa ou apenas amor
Pergunta em frêmito minh’alma
A resposta me aquece me acalma...
O pecado deixa um amargo sabor
Sorriso se desfaz em lágrimas de saudade
Não tem o cheiro de nossa felicidade.
Norma Bárbara