Soneto de Esperança n°1.
Velo sozinho um caixão sem corpo,
Mas quando nos aproximamos vemos que não está vazio
Não está frio...
Existem fotos, lembranças, lençóis impregnados com o perfume dos cabelos de uma princesa.
Sente-se um calor emanando disso tudo, como se realmente houvesse alguém vivo deitado ali
Apesar de todo isso sentimentos objetos, existe uma caixa, uma caixa mágica
Onde ficam reprisando de forma continua todos os bons momentos, em forma de "mini-flashback".
Nele se percebe bem o brilho nos olhos, o cheiro da pipoca e yakisoba, o vapor dos banhos quentes...
A princípio te confesso, as lágrimas teimaram em descer, mas depois um sorriso brotou, lhe juro que brotou
Toda essa felicidade me deu forças novamente
Pus a caixa de volta e fechei o caixão lotado de amor
Rasguei a terra com meus dedos, mas não pude enterrá-lo, pois ele não pode ser sepultado
Eu o plantei, para que esse amor todo renasça, renasça no peito dela ou no peito de quem o queira
18-II-10.